A razão nômade: Walter Benjamin e outros viajantes

What characterizes the positions taken by Sérgio Paulo Rouanet in the arena of theoretical and political discussions of Brazilian cultural life is his unshakable Enlightenment inspiration. He is always encouraged by the desire to contribute to the light of reason and knowledge dispelling the darkness of ignorance, prejudice and superstition. This does not mean, of course, that Rouanet is willing to relaunch today the ideas elaborated by the most advanced European thinkers of the 18th century; he knows that the world has changed, the arsenal of reason needs to be renewed, its lights are challenged to shine in another way. Rouanet has no commitment to any kind of overbearing, arrogant reason, installed in its castle, willing to dictatorially rule the world. His is - as he says himself - "nomadic reason": a restless reason. who travels, seeks to know other lands, dialogue with other peoples. A curious reason, which is never satisfied with what it knows. A reason that roams, with the flaneur, through our big cities, watching the spectacle of irrationalities [...]" By Leandro Konder, excerpt taken from the book's cover.O que caracteriza as posições assumidas por Sérgio Paulo Rouanet na arena das discussões teóricas e políticas da vida cultural brasileira é sua inabalável inspiração iluminista. Anima-o, sempre, a vontade de contribuir para que as luzes da razão e do conhecimento dissipem as trevas da ignorância, do preconceito e da superstição. Isso não quer dizer, evidentemente, que Rouanet se disponha a relançar hoje as idéias elaboradas pelos oensadores europeus mais avançados do s;eculo XVIII; ele sabe que o mundo mudou, o arsenal da razão precisa ser renovado, suas luzes são desafiadas a brilhar de outra maneira. Rouanet não tem nenhum compromisso com qualquer tipo de razão prepotente, arrogante, instalada em seu castelo, disposta a governar ditatorialmente o mundo. A sua é - como ele mesmo diz - a "razão nômade": uma razão inquieta. que viaja, procura conhecer outras terras, dialogar com outros povos. Uma razão curiosa, que jamais se sente satisfeita com aquilo que sabe. Uma razão que perambula, com o flaneur, por nossas grandes cidades, observando o espetáculo das irracionalidades [...]" Por Leandro Konder, trecho retirado da orelha do livro

São Paulo de Ramos de Azevedo: da cidade colonial à cidade romântica

A A. analisa, a partir da atividade de Ramos de Azevedo, os elos implícitos entre o passado colonial de São Paulo e o movimento modernista e o papel desempenhado pelo imaginário europeu na América, assim como as tradições técno-científicas a que ele estava vinculado